segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Um momento de união.

Este texto foi enviado ao blog como comentário pelo colega abaixo assinado. Por conter críticas diretas à diretoria do Sindjorn, e por respeitar o direito de resposta, o blog pediu ao sindicato uma manifestação a respeito do comentário do colega. Abaixo, os dois textos.




De Enéas Peixoto: 

"Será que nós precisamos mesmo que um NEUROCIENTISTA venha alertar o problema? Não vejo a situação dessa forma. As pessoas fora da nossa profissão estão do nosso lado. E os nossos coleguinhas? Estão cagando para ESSE movimento. Este "sindicato" tem que mudar tudo, inclusive as pessoas que dirigem, são as mesmas de sempre, garantindo seus empregos com imunidade sindical, viagens, mordomias e outras “cozitas” mais. A vaidade de alguns queima a categoria. Esse prédio em área nobre. Qualquer construtora faria um puta edifício, e nos entregaria um sindicato descente. O que falta é vontade. Cadê nossa cooperativa que foi colocada na mão de Luciano Almeida e hoje em dia só quem usufrui da mesma é a família dele? Na época, denunciei e fiquei queimado, apenas 4 ou 5 ficaram do meu lado. Perguntem a Cassiano Arruda que foi um dos poucos a me defender. Procurem saber o patrimônio da COOJORNAT pra onde foi. Muitos coleguinhas vão dizer que estou revoltado. Estou apenas aliviado de não ver tanta sujeira. Pra quem ganha R$ 1.000,00 reais essa mensalidade é um absurdo. O custo beneficio é zero, este sindicato em toda sua vida só teve uma greve, mas na época assessoria era coisa rara. Só existiam 2 ou 3 agências de publicidade, e 4 jornais e se não me engano 2 TV’s em Natal. Essas tabelas de preços de página diagramada, entrada e saída, fotografias parecem mais tabelas de prostíbulo. Pra quem não me conhece, sou diagramador, estou parado e não quero voltar pra "prostituição", só queria que os coleguinhas não tabelassem meu trabalho. Nunca segui essa tabela ridícula. E os poucos trabalhos que ainda faço cobro o preço que me dou o direito de dizer que valem, e na maioria das vezes as pessoas querem confundir meu trabalho com prostituição e seguir a tabela do meu sindicato. E trabalho de graça também, quando sinto as condições, a seriedade e ética de qualquer cliente. Mas tem coleguinha que quando vem propor trabalho quer trocar por bebida, lazer ou comida. Essas coisas eu sei comprar com meu dinheiro. Não queria ter meu trabalho tabelado porque acho que existem os desenhistas e designer, o primeiro desenha o segundo usa CLIPART. Como existem os DIAGRAMADORES e diagramadores. Eu modestamente estou entre os desenhistas DIAGRAMADORES. Me perdoem a intromissão na profissão de vocês, se magoei alguém, mas me sinto no direito já que fui um dia diretor deste sindicato, e sempre vi na categoria a possibilidade de união e tudo para crescer, sem precisar de patrões tão pobres e filhos de puta como esses que vocês têm. Conheço todos eles, trabalhei em todos os jornais e revistas, muitos já extintas, sempre a mesma choradeira, há décadas a mesma “cantiga”. Mas um dia alguém vai contar essa história melhor pra vocês, eu sou apenas um DESENHISTA, DIAGRAMADOR. Minhas desculpas a Sidarta Ribeiro neurocientista, o qual nem conheço e agradeço o apoio apesar da discordância. 


UM ABRAÇO

Eneas Peixoto 

@parnamirim1 

Do Sindjorn:


" Caro Enéas,
toda sua indignação é aceitável, mas neste momento o que precisamos é de união. Infelizmente. Primeiramente, esta direção, que neste momento coordena um movimento tão importante para nossa categoria, está bastante renovada. Dos oito diretores apenas dois já fizeram parte de outra gestão e quase todos sequer precisam de imunidade sindical. Nossa vontade de mudar a realidade da profissão no Rio Grande do Norte é muito maior que isso. Nosso interesse é poder trabalhar com o que gostamos, na cidade em que vivemos e sermos valorizados por isso. É nesse sentido que nossa luta é muito maior.

Nossa profissão sofre uma renovação muito rápida. Muitos desistem do trabalho de jornalista e são empurrados para o serviço público para dar dignidade à sua família. E isso se reflete nas nossas assembléias e mobilizações, muitas vezes esvaziadas. Em outros tempos sabemos que a categoria esteve mais mobilizada, mas este ano a Campanha Salarial está crescendo e acreditamos que a categoria presente nas redações, assessorias e serviço público atendeu ao nosso chamado e está presente e firme nas nossas reivindicações.

Quanto às denúncias que você faz referentes à cooperativa, nos resguardamos a abordar o tema em outra oportunidade pois iremos tentar sanar este e outros problemas deixados por gestões anteriores, e reafirmamos que esta diretoria está interessada em apresentar um sindicato cada vez melhor e mais atuante para todos. Sobre parcerias com segmentos empresariais e sindicatos parceiros, cogitamos sim fazê-las para modernizar a sede e até mesmo construir a nossa área de lazer no terreno que possuímos em Pirangi. Entretanto, nossa prioridade neste momento é a valorização profissional.

Ainda destacamos a importância de manifestações como a do neurocientista Sidarta Ribeiro e de várias pessoas e instituições pois, contraditoriamente, as empresas de comunicação não divulgam as nossas reivindicações, assim precisamos construir uma rede de solidariedade e apoio e pressionar os nossos patrões.

Por fim esperamos contar com seu apoio, pois como você já que fez parte da direção do sindicato, sabe da dedicação e responsabilidade que temos ao assumir responsabilidades no Sindjorn.

Um abraço
Diretoria Sindjorn"




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