sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Juízes do TRE prestam apoio aos jornalistas por melhores salários


Vale salientar que o programa Justiça Eleitoral na TV que é exibido na TV Assembleia de segunda a quinta de 21h as 22h vai passar uma matéria também sobre a nossa causa!
 
 
Juízes do TRE prestam apoio aos jornalistas por melhores salários
Proposta do desembargador Saraiva Sobrinho, vice-presidente e corregedor regional eleitoral, foi aprovada à unanimidade na sessão de hoje (16) do TRE/RN e o mais interessante foi a categoria para a qual o voto do membro da Corte Eleitoral foi dirigida : a dos jornalistas profissionais do Rio Grande do Norte, que percebem vencimentos que estão entre os piores salários do país. “Eu queria apresentar a esta Corte, manifestação de absoluto apoio aos profissionais de imprensa do Rio Grande do Norte” – pontuou Saraiva Sobrinho. “Eles recebem os mais baixos salários da categoria no Brasil e, atualmente, estão em campanha salarial, por isso devemos enquanto instituição participar desta luta, assegurando a nossa solidariedade a quem está no dia a dia conosco, produzindo matérias para a sociedade” – enfatizou o corregedor.
O desembargador lembrou que as empresas oferecem apenas R$ 31,00 de aumento salarial, o que elevaria o ganho mensal para R$ 931,00. O vice-presidente ressaltou que esta é uma classe valorosa, tão importante, que cobre os acontecimentos referentes a tantos segmentos e categorias, que na sua hora de clamor deve também receber o apoio das demais. “Solidarizo-me ao movimento, instando aos empresários da comunicação social para que dêem a devida importância àqueles que prestam este serviço” – enfatizou.
Saraiva Sobrinho recordou ainda que na juventude atuou como jornalista e já naquela época não era dado o devido respeito aos profissionais e nos dias de hoje, persiste, a situação não rara de que é preciso ter dois, três empregos para sobreviver. “A grande maioria sofre com este salário miserável”, salientou. “Não temos a pretensão de intervir em negociações, e nem podemos, mas apelamos aos dirigentes das empresas de comunicação que percebam a necessidade de valorizar a mão de obra desses profissionais”.
SOLIDARIEDADE

O presidente da Corte, desembargador Vivaldo Pinheiro concordou com as palavras do corregedor, dizendo serem suas as preocupações por ele suscitadas.
Marco Bruno Miranda Clementino, juiz da Corte, observou que o TRE do Rio Grande do Norte é ciente da importância da categoria e da sua situação atual e afirmou que é “um perigo para a democracia que os jornalistas ganhem tão pouco, por isso damos apoio aos profissionais”.
Lena Rocha, magistrada do Pleno, também fez suas as observações do desembargador Saraiva. “Entendemos a mensagem dele, alguém que sofreu na pele com os baixos salários”. E declarou seu carinho para com a profissão. “Tenciono voltar a fazer vestibular e para jornalismo, uma classe que tem todo o meu apoio, que é total, por isso acho que o desembargador foi muito feliz em sua manifestação”. Para a juíza, a imprensa tem um poder imenso diante da população, trazendo evidências de fatos desconhecidos da sociedade, sobretudo os crimes de colarinho-branco, que só a imprensa tem a coragem de denunciar.
O juiz Ricardo Moura também se associou à manifestação do corregedor Saraiva Sobrinho.
Marcos Duarte, integrante da Corte, lembrou que como advogado já defendeu os interesses da categoria em algumas oportunidades. “Sei das dificuldades que eles passam, com um salário a representar pouco, e um dos problemas é que há poucos empregadores, não sensibilizados para a questão e, em virtude disso, ficam à mercê da política de não valorização” – resumiu o juiz. “A imprensa brasileira recebe prêmios internacionais e aquele que está na ponta, buscando fatos, que possui o feeling para buscar o furo é um profissional que na visão dos empregadores não recebe o merecido reconhecimento”.
O Ministério Público Eleitoral não ficou de fora da exposição do apoio dos juízes do Pleno ao movimento dos jornalistas potiguares por melhores salários. “Associamos nossa solidariedade à classe não somente por causa dos baixos salários, mas também em algo de que também somos vítimas : as tentativas de amordaçar a imprensa e o Ministério Público, instituições que fiscalizam, criticam, que fazem com que algumas pessoas sintam-se feridas quando seus interesses são contrariados” – frisou o procurador regional eleitoral, Ronaldo Chaves. “Todo apoio à imprensa no sentido de dar-lhe independência, louvando as palavras do Desembargador Saraiva”.
 
ASSESSORIA T.R.E.


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