sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Panfletagem às 10h!

Neste sábado, 27.11, o JRNemluto e o Sindjorn vão promover algumas panfletagens pelas ruas de Natal para reforçar o movimento e informar à população sobre a campanha salarial dos Jornalistas do RN. As ações vão acontecer às 10h.

Durante a assembléia do dia 25.11, voluntários se dispuseram a levar as faixas e reunir mais pessoas para as ações, que devem acontecer na rótula da Via Costeira, na rótula da Airton Senna (próximo à delegacia Zona Sul), numa das unidades da UnP e no Midway Mall.

Se você pode juntar um grupo de amigos e colegas e mobilizar um outro ponto, entre em contato com o blog.

Participe!

Ações imples podem fortalecer o movimento ainda mais, mas elas precisam da sua colaboração.



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quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Nova rodada de negociação, assembléia e ato público.

Senhores Jornalistas;
 
Ontem teve mais uma rodada de negociação, o sindicato realizou ato político em frente a DRT. Depois de um atraso de mais de uma hora do negociador do orgão, ocorreu a reunião entre os patrões e o sindicato. Mais uma vez os patrões tergiversaram na reunião ao questionar que o sindicato tinha incluido 3 novas propostas na pauta, sabendo estes que o sindicato já tinha apresentado essas propostas ainda na segunda rodada de negociação.
 
É preciso saber que ficou acordado na última reunião de negociação que os sindicatos patronais e o sindjorn apresentariam propostas por escrito que relacionaria as propostas consensuais, consensuais parciais e as divergentes.
 
O Sindjorn na penultima assembleia elaborou junto com os jornalistas uma proposta e aguardava que na reunião de hoje os patrões apresentassem a sua. Mas supreendentemente estes não apresentaram nenhuma proposta e solicitaram que a reuniao fosse adiada.
 
Diante do impasse foi remarcada para amanhã (25/novembro), às 10 horas na DRT uma nova rodada de negociação. Diante dessa realidade o Sindjorn está convocando pra próxima quinta-feira nova atividade na porta da DRT e uma Assembleia Geral para o mesmo dia às 19 horas na sede do Sindicato.
 
É hora de mais mobilização, os patrões sentiram que nossa campanha está crescendo. Vários sindicatos, ong, movimentos, personalidades, instituições declararam apoio a nossa campanha. Agora precisamos mobilizar mais para conquistarmos respeito e dignidade profissional.
 
Agenda:
ATO POLÍTICO - EM FRENTE A DRT (RIBEIRA) - QUINTA-FEIRA ÀS 10 HORAS
ASSEMBLEIA GERAL DOS JORNALISTAS - QUINTA-FEIRA ÀS 19 HORAS NO SINDICATO
 
 
Apenas Começamos;
Diretoria do Sindjorn


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Agência de notícias divulga luta dos Jornalistas do RN.

Visite o site Impressor Braziliense e veja a notícia publicada sobre o movimento do JRNemluto.


Periodistas del Nordeste piden mejores  condiciones de trabajo, por internet.

Periodistas del Estado de Río Grande do Norte, dieron inicio a una campaña por Internet para denunciar las condiciones de trabajo que vienen afrontando, aumento de sueldo y respeto a sus derechos laborales.

Con un salario de apenas 900 reales al mes (cantidad irrisoria para el alto costo de vida en Brasil) que además es el sueldo más bajo de los periodistas en este país; Los reporteros de Río Grande do Norte iniciaron una campaña a través del blog  Jornalistas do RN em Luto (periodistas de RN de duelo) asimismo por medio del Twitter @jrnemluto, donde solicitan aumento de salarios, respeto a sus derechos laborales y dan a conocer también, el deterioro de las condiciones de trabajo.
La asociación patronal propone un reajuste de 3.5 %, una cifra que es inferior a la inflación, una reducción de  de las condiciones del pago de las horas extras; propuestas que fueron consideradas absurdas por los periodistas. Igualmente la empresas pretenden limitar el apoyo a los periodistas procesados judicialmente, para lo cual pretenden pagar abogados únicamente para defender causas de los reporteros envueltos en asuntos autorizados expresamente a través de un escrito de la dirección.
La periodista Nelly Carlos, Presidente del Sindicato de Periodistas de Río Grande do Norte, al enterarse que las empresas habían propuesto pagar solo una ves al mes; declaró a un canal local (TV Cámara) “Quieren volver a la época de la esclavitud”.
Roberto Revoredo Castro   /   23-11-2010


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sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Juízes do TRE prestam apoio aos jornalistas por melhores salários


Vale salientar que o programa Justiça Eleitoral na TV que é exibido na TV Assembleia de segunda a quinta de 21h as 22h vai passar uma matéria também sobre a nossa causa!
 
 
Juízes do TRE prestam apoio aos jornalistas por melhores salários
Proposta do desembargador Saraiva Sobrinho, vice-presidente e corregedor regional eleitoral, foi aprovada à unanimidade na sessão de hoje (16) do TRE/RN e o mais interessante foi a categoria para a qual o voto do membro da Corte Eleitoral foi dirigida : a dos jornalistas profissionais do Rio Grande do Norte, que percebem vencimentos que estão entre os piores salários do país. “Eu queria apresentar a esta Corte, manifestação de absoluto apoio aos profissionais de imprensa do Rio Grande do Norte” – pontuou Saraiva Sobrinho. “Eles recebem os mais baixos salários da categoria no Brasil e, atualmente, estão em campanha salarial, por isso devemos enquanto instituição participar desta luta, assegurando a nossa solidariedade a quem está no dia a dia conosco, produzindo matérias para a sociedade” – enfatizou o corregedor.
O desembargador lembrou que as empresas oferecem apenas R$ 31,00 de aumento salarial, o que elevaria o ganho mensal para R$ 931,00. O vice-presidente ressaltou que esta é uma classe valorosa, tão importante, que cobre os acontecimentos referentes a tantos segmentos e categorias, que na sua hora de clamor deve também receber o apoio das demais. “Solidarizo-me ao movimento, instando aos empresários da comunicação social para que dêem a devida importância àqueles que prestam este serviço” – enfatizou.
Saraiva Sobrinho recordou ainda que na juventude atuou como jornalista e já naquela época não era dado o devido respeito aos profissionais e nos dias de hoje, persiste, a situação não rara de que é preciso ter dois, três empregos para sobreviver. “A grande maioria sofre com este salário miserável”, salientou. “Não temos a pretensão de intervir em negociações, e nem podemos, mas apelamos aos dirigentes das empresas de comunicação que percebam a necessidade de valorizar a mão de obra desses profissionais”.
SOLIDARIEDADE

O presidente da Corte, desembargador Vivaldo Pinheiro concordou com as palavras do corregedor, dizendo serem suas as preocupações por ele suscitadas.
Marco Bruno Miranda Clementino, juiz da Corte, observou que o TRE do Rio Grande do Norte é ciente da importância da categoria e da sua situação atual e afirmou que é “um perigo para a democracia que os jornalistas ganhem tão pouco, por isso damos apoio aos profissionais”.
Lena Rocha, magistrada do Pleno, também fez suas as observações do desembargador Saraiva. “Entendemos a mensagem dele, alguém que sofreu na pele com os baixos salários”. E declarou seu carinho para com a profissão. “Tenciono voltar a fazer vestibular e para jornalismo, uma classe que tem todo o meu apoio, que é total, por isso acho que o desembargador foi muito feliz em sua manifestação”. Para a juíza, a imprensa tem um poder imenso diante da população, trazendo evidências de fatos desconhecidos da sociedade, sobretudo os crimes de colarinho-branco, que só a imprensa tem a coragem de denunciar.
O juiz Ricardo Moura também se associou à manifestação do corregedor Saraiva Sobrinho.
Marcos Duarte, integrante da Corte, lembrou que como advogado já defendeu os interesses da categoria em algumas oportunidades. “Sei das dificuldades que eles passam, com um salário a representar pouco, e um dos problemas é que há poucos empregadores, não sensibilizados para a questão e, em virtude disso, ficam à mercê da política de não valorização” – resumiu o juiz. “A imprensa brasileira recebe prêmios internacionais e aquele que está na ponta, buscando fatos, que possui o feeling para buscar o furo é um profissional que na visão dos empregadores não recebe o merecido reconhecimento”.
O Ministério Público Eleitoral não ficou de fora da exposição do apoio dos juízes do Pleno ao movimento dos jornalistas potiguares por melhores salários. “Associamos nossa solidariedade à classe não somente por causa dos baixos salários, mas também em algo de que também somos vítimas : as tentativas de amordaçar a imprensa e o Ministério Público, instituições que fiscalizam, criticam, que fazem com que algumas pessoas sintam-se feridas quando seus interesses são contrariados” – frisou o procurador regional eleitoral, Ronaldo Chaves. “Todo apoio à imprensa no sentido de dar-lhe independência, louvando as palavras do Desembargador Saraiva”.
 
ASSESSORIA T.R.E.


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Ato público, sábado. Participe!

Jornalistas promovem ato público contra baixos salários

O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Rio Grande do Norte (Sindjorn) promove um ato público, às 10h30 deste sábado (20), para protestar contra o baixo piso da categoria, que atualmente é de R$ 900,00.

A manifestação será realizada no cruzamento das Avenidas Salgado Filho com Bernardo Vieira (em frente ao Midway).

Os jornalistas potiguares estão em campanha salarial e reivindicam um piso de R$ 1.500,00, mas os empresários ofereceram apenas R$ 31,50 a mais (R$ 931,50).

A quarta rodada de negociações acontece na manhã da terça-feira (23), na Superintendência Regional do Trabalho.

Vamos participar!

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terça-feira, 16 de novembro de 2010

Matérias sobre a campanha JRNemluto.

Ato público em frente à SRT, matéria divulgada pela TVU.

Entenda o movimento JRNemluto com o VT da TV Câmara:

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Entrevista com a presidente do Sindjorn, Nelly Carlos, feita pela TVU:
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Notícias sobre a moção de apoio dos vereadores de Natal ao JRNemluto.

Câmara autoriza moção de apoio aos jornalistas
  
O vereador George Câmara (PCdoB) mobilizou nesta quarta-feira (10/11) vereadores da Câmara Municipal do Natal (CMN) para uma moção de apoio a categoria de jornalistas, que estão batalhando por melhores condições de trabalho e aumento salarial. Todos vereadores presentes assinaram a moção.

“Estamos buscando dar apóio a categoria. Tentamos realizar audiência com a participação do sindicato patronal que, no entanto, não se fez presente. Em mobilização hoje, o sindicato patronal se negou a continuar s negociações se houver participação de parlamentares”, falou George Câmara.

O documento que dá apoio aos jornalistas destaca que “os jornalistas potiguares estão numa campanha salarial, já que tem o menor piso salarial do Brasil”.

Na sessão da CMN, também foi aprovado o projeto “Alternativo Natal”, de autoria do vereador Albert Dickson (PP), que institui uma programação evangélica em Natal durante o Carnatal.


--
Assessoria de Comunicação da
Câmara Municipal do Natal - ASSECAM
Telefone: 3232.9426
Site: www.cmnat.rn.gov.br


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Sintest emite moção de apoio ao movimento.

Veja abaixo a imagem do ofício enviado pelo Sindicato Estadual dos Trabalhadores em Ensino Superior, referente à moção de apoio da categoria ao movimento JRNemluto.



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Coletivo Leila Diniz apoia JRNemluto

Mensagem encaminhada pelo Coletivo Leila Diniz, em apoio ao movimento dos jornalistas do RN.

NOTA DE SOLIDARIEDADE À LUTA SALARIAL DOS/DAS JORNALISTAS DO RN

O Coletivo Leila Diniz vem, prestar total solidariedade aos jornalistas do RN, que se encontram em luta por melhoria salarial e melhores condições de trabalho. Também declarar repúdio pela omissão da divulgação do processo de luta dos comunicadores pelos veículos comerciais de comunicação. Reconhecemos que toda empresa de comunicação é uma concessão pública e, portanto, carrega em sua natureza a responsabilidade de promover o debate cívico com seriedade e responsabilidade.

O RN não foge a regra do país, onde são os políticos, velhos conhecidos pela população, os detentores dos diversos meios de comunicação - rádios, TVs e jornais impresso – sendo no estado eles os responsáveis por pagar o piso salarial de jornalista mais baixo no Brasil.

Apoiamos a luta dos trabalhadores e trabalhadoras da imprensa potiguar por entendermos que a categoria é de fundamental importância para o desenvolvimento do debate público sobre os problemas sociais, políticos, ambientais, econômicos e de gênero que nossa sociedade enfrenta. Compreendemos que os/as jornalistas merecem que suas condições de trabalho sejam condizentes com a dignidade humana e que a luta pelo aumento do piso salarial, de R$ 900,00 para R$ 1.500,00, é justa.

Acreditamos que a construção de uma sociedade democrática deva garantir os direitos dos trabalhadores e trabalhadoras e tenha uma imprensa livre e aberta às expressões das diversas categorias sociais.

O feminismo declara apoio para essa luta e lembra que apenas com resistência é que se conquistam avanços.


Saudações feministas,

Coletivo Leila Diniz


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quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Matéria da audiência na CMN no YouTube. Compartilhe!

Para entender e compartilhar a luta dos Jornalistas do RN:

http://www.youtube.com/watch?v=ijV5TfSnwC0

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Mais um exemplo: o que e é ser jornalista no RN.

Diário de uma jornalista andante
Lutar e falar o que inquieta meu espírito, sempre!
Por Eliade Pimentel
Jornalista profissional

Parodiando a mim mesma, que escrevi alguns textos com esse título, resolvi relatar os meus anseios de uma “frila” nesse mercado em que as propostas de trabalho ocorrem na forma de “é pegar ou largar”. Com eu sempre levantei a bandeira de independência ou morte, e saí da casa de minha mãe quando nem tinha 21 anos ainda, sei bem o que é viver do jornalismo.
Mas, antes de entrar nas questões de sobrevivência, gostaria de enfatizar que minha carreira de jornalista em Natal é muito pautada pela minha forma atenta de observar tudo, o que incomoda aos chefes, quando deveria ser o contrário (não gostam de repórteres abelhudos, preferem os que escrevem matérias como quem preenche formulários, nesse caso, limitando-se à pauta!). Já fui demitida três vezes de jornais (duas vezes da TN) e não fui admitida em nenhum outro, desde então, porque devo ser “crítica demais” para os padrões atuais de acomodação.
Sou do tipo idealizadora, sonhadora, um tipo de jornalista em extinção, que pergunta, colhe, apura, mesmo quando não está trabalhando para nenhum veículo. Eu costumo utilizar o que observo e o que me incomoda como sugestões de pautas. Estou sempre enviando e-mails e telefonando para redações para dizer coisas do tipo: Meg (TN), a reforma da casa onde funcionou a Setur, na Campos Sales com Mossoró, está parada há séculos, o que significa aquilo? Vamos lá, investigar?  
Ou então, Sheylinha(NJ), conheço uma senhora que precisa receber remédios na Unicat para retardar a puberdade de sua filha, mas ela está esperando a medicação há três meses. Mande alguém lá, por favor, para ver se resolve... Não sou apenas denúncia, sou cultural também, e escrevo sugerindo matérias como algumas dos bailarinos da EDTAM que ganham concursos por aí afora e são desconhecidos e desvalorizados pelo próprio governo o qual eles representam lá fora.
Enfim, sou do tipo que liga para a Caern para falar de um esgoto que estourou em determinada rua, ou questiono o aluguel de uma casa na avenida Hermes da Fonseca, para o governo do estado, um imóvel conhecido como “Casa do Governador”, e que lá nada funciona. Porém, o jornal que eu sugeri a pauta não se interessou pelo assunto porque o patrão é amigo do proprietário da casa, alugada por “apenas” 5 mil reais, conforme me retornaram, portanto, nada de mais para o governo, que deixa faltar até gaze e soro fisiológico para o Walfredo Gurgel.
Confesso que tenho dificuldades para realizar meu trabalho como free-lancer porque tenho muitas atribuições e fica difícil conciliar todas as responsabilidades (aluguel, educação para a filha e todo o resto, além de não ter carro). Às vezes, atraso as demandas, mesmo assim, com todos esses percalços, realizo um bom trabalho, porque tenho mil contatos, boa memória, conhecimento de mundo e sou exigente com a qualidade do material produzido.
Amo escrever, entrevistar, informar, pesquisar e relatar, mas mesmo sendo apaixonada pela profissão, tenho lá meus altos e baixos. Para compensar, gasto boa parte da minha energia na cozinha. Quem me conhece sabe bem que eu me viro de várias formas. Produzo tomates secos, granola, bolos de frutas, realizo pequenos buffets, enfim, nada profissional, embora eu consiga desenrolar um extra como esses afazeres. Foi a forma de não pirar com o jornalismo, que nos deixa de cabelo em pé devido à forma como somos tratados.
Ao notar a diferença da minha energia quando passo um tempo só cozinhando para fora, minha filha (que está com sete anos) me aconselhou a deixar o jornalismo. E diante de minha pergunta, “vamos viver de que?”, ela inocentemente respondeu: “vai fazer bolos para vender”. Ao ouvir essa resposta, meu pensamento me levou ao tempo da ditadura quando as receitas de bolo passaram a fazer parte do noticiário como forma de enrolar o brasileiro sobre a triste realidade do País. Eu mesma achei graça da analogia rápida que fiz.
Aliás, nem precisamos ir tão longe, afinal, o juiz que determinou a queda do diploma nos comparou a cozinheiros, que não precisam de cursos superiores para desempenhar bem suas funções. É tudo uma questão de talento. Não concordando com o contexto, apenas com o texto em si, acrescento: para ser jornalista nessa terra nós precisamos ter um misto de sangue frio, criatividade, perseverança, “fé na vida, fé no homem, fé no que virá”.
E vocês devem estar se perguntando, porque não investir na carreira gastronômica? Por que o jornalismo é um vírus que nos consome o corpo e a alma. Cientes disso, os patrões - que sugam nosso sangue porque nós não sabemos viver sem isso, sem essa doença – surgem com propostas absurdas de retirar conquistas históricas. Mas isso não vai ficar assim não, caríssimos senhores proprietários dos veículos e das agências. Vamos reagir.


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quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Sinpetro também apóia movimento

Natal, 10 de novembro de 2010


Prezados Jornalistas,

Estive acompanhando atentamente a audiência pública realizada na Câmara Municipal de Natal por solicitação do SINDJORN e por proposição do iminente vereador George Câmara que presidiu aquele importante evento. Para mim foi uma assembléia de luta pela diginidade de profissionais dedicados, qualificados, competentes e, infelizmente, explorados, oprimidos e mal reumerados na sua missão de transmitir para a sociedade a verdade dos fatos políticos, econômicos, culturais e sociais.

Na audiência estavam presentes parlamentares, repreentrante do Ministério Público do Trabalho (MPT) que é sempre um parceiro presente e imprescindível na luta pelos direitos difusos e coletivos. Lá estavam presentes, também, diversos representantes de entidades dos movimentos sociais e, é claro, muitos jornalistas. A audiência foi um sucesso.

A ausência mais comentada foi exatamente a da representação patronal que sequer teve a coragem de enviar um representante para debater com a categoria dos jornbalistas e com a sociedade as questões relativas as reivindicações do SINDJORN, afinal, uma campanha salarial de trabalhadores sempre é do interesse da sociedade.

Na oportunidade fiz um pequeno pronunciamento onde pude levar a essa brava e determinada categoria a solidadriedade dos petroleiros potiguares.

Fiz questão de salientar que a midia falada, escrita e televisada no nosso estado é completamente dominada por políticos detentores de mandato parlamentar, alguns deles, inclusive, foram eleitos e reeleitos nas últimas eleições. Políticos conservadores de orientação ideológiica direitista e, por conseguinte, avesso aosdireitos dos trabalhadores, principalmente, se estes forem empregados das suas empresas.

São avessos também a democracia que, ao que parece, só lhes serve para cunhar frases de efeito nos seus órgão de comunicação. Vale salientar que uma outra boa parte da mídia é dominada pelos protegidos desses mesmos políticos.
É claro que, diante dos relatos apresentados pela presidente do SINDJORN Nely Carlos e por diveros jornalistas presentes à audiência, esses patrões não poderiam se fazer presentes ou enviar representantes. Fica muito dificil explicar para a sociedade como é que eles se elegem prometendo melhores condições de vida para o nosso povo e, por outro lado, massacram os seus próprios empregados. Fica dificil explicar, também, como é que vivem alardeando liberdade de expressão e perseguem a entidade que representa os jornalistas e os próprios jornalistas que ousam lutar com diginidade pelos seus direitos econômicos, políticos, sociais e culturais e, inclusive, por um meio ambiente de trabalho livre de perseguições e assédios diversos.

De fato, pelos relatos apresentados, o ambiente de trabalho dos jornalistas e as relações de trabalho vigentes são de profunda opressão e exploração.

Neste sentido, estão de parabéns o vereador George Câmara que tem se notabiilizado pelas atitudes sérias, respeitáveis e sempre presente na luta em defesa da cidade e do seu povo, especialmente, dos trabalhadores e a Câmara Municipal de Natal que ao abrigar eventos como esse se diferencia e mostra para a sociedade que apesar das "operações impactos" da vida, aquela casa cumpre um papel importante na luta democrática dos trabalhadorestodos e tem, sim, relevantes serviços prestados à sociedade.

De parabéns está o SINDIJORN e sua diretoria que ao articular um evento como esse, demonstra na prática que está conduzindo a luta da categoria com dignidade, responsabilidade, seriedade, transparência e espirito democrático de verdade.
dos jornalista em busca de sua diginidade e de seus direitos de cidadania.

Para finalizar me veio a lembrança uma frase muito celebre de Martin Luther King: "pessoas oprimidas não podem permanecer oprimidas para sempre."
Ao que emendo... e nem exploradas... o caminho é a luta decidida. Avante companheiros!

Um forte abraço e contem conosco.


Márcio Dias
Coordenador Geral do SINDIPETRO/RN
De parabéns estão todos os que se fizeram presentes para prestigiar e apoiar essa luta muito justa


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Promotora Gilka da Mata apoia o JRNemluto.

*Abaixo, nota de apoio da promotora de Meio Ambiente Gilka da Mata.

Entendo que o jornalismo é fundamental na promoção da sustentabilidade social, política e ambiental e na promoção da cidadania plena.

Sabe-se que a maior parte das informações que a população e até mesmo que os educadores recebem sobre o meio ambiente tem origem na mídia.

Destaco que o jornalismo, em especial o “jornalismo cidadão”, não é possível de ser realizado sem a valorização do jornalista, enquanto profissional, enquanto cidadão.

E a valorização do jornalista está atrelada a uma remuneração condizente ao importante papel social que desempenha.

Registro o meu apoio ao movimento.

Gilka da Mata

45ª Promotora de Justiça de Defesa do Meio Ambiente da Comarca de Natal
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terça-feira, 9 de novembro de 2010

Amanhã tem negociação no DRT - Todo Juntos!

Atenção jornalistas,

Nesta quarta-feira  as 10h na DRT, na Av. Duque de Caxias, Ribeira, vai acontecer mais uma rodada de negociação entre o sindicato e os patrões. E às 19h30 ocorrerá assembléia para discutirmos os rumos da negociação.

É importante que todo os que puderem compareçam tanto em frente ao DRT, quanto na assembléia. Vamos todos de preto, em sinal de luto por recebermos o pior salário do país e pelas condições precárias que trabalhamos.

Precisamos mostrar que a categoria está unida em prol da nossa valorização profissional.


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Mostremos a eles!



"Esses caras, os patrões, existem.
E as pessoas merecem saber quem eles sã
o."
Alex de Souza
Quem são os patrões?*



Após um bom tempo, os jornalistas potiguares estão novamente envolvidos numa campanha salarial para valer. Vários anos de submissão e/ou acomodação tiveram como resultado um piso salarial vergonhoso. Hoje, somos alguns dos que menos ganham com a tinta da pena, com o perdão do anacronismo na figura de linguagem.

Todo mundo trata bem jornalista. É assim com as mais diferentes camadas do poder. A gente está sempre por ali, circulando. O que se publica nos jornais ainda tem a capacidade de favorecer a uns e desfavorecer a outros. Ainda há um público. Acostumados a esse tratamento cordial, esquecemos de outra noção um tanto quanto démodé: a luta de classes.

Não existe patrão bonzinho quando chega a hora de botar a mão no bolso. O jogo sempre é duro, por mais bunda mole que você seja. Bobeou, pimba. Foi o que sinalizou a pauta apresentada pelos sindicatos patronais. A penúria é tanta que mui humildemente compartilhamos a solidariedade (quiçá a misericórdia) dos policiais civis, dos profissionais da saúde, da construção civil, entre outros. Trocando em miúdos, estamos tão fudidos que daqui a pouco toda a cidade estará comentando.

Longe de envergonhar, isso é muito bom. Afinal, o jornal que fazemos todo dia jamais irá publicar a notícia de que somos mal pagos, trabalhamos em más condições, submetidos a uma carga de serviço imensa, desrespeitados em nossos direitos, assediados moralmente, entre outras doces sevícias, como o café frio. As pessoas precisam saber que existe alguém passando por maus bocados por trás da fria assinatura no cabeçalho da matéria. E elas também devem conhecer os responsáveis por isso.

Afinal de contas, o amigo com certeza sabe quem são os patrões. Mas, e o resto da cidade, sabe? Digo isso, porque quando escuto a gente falando ‘os patrões fizeram isso e aquilo’ vem logo uma visão meio ectoplásmica. Aí rola audiência pública, ou seja um fórum realmente livre da sociedade, e mais uma vez os ‘patrões’ (uhhhhh) não dão as caras, então é meio como se eles não tivessem rostos e não circulassem pelas ruas. Tudo bem que com os Associados é quase isso. Mas esses caras, os patrões, existem. E as pessoas merecem saber quem eles são.

Primeiro, vamos esclarecer: o patrão não é o chefe/diretor/escolha-um-nome de redação que tira seu sangue todo dia. Seja um bacana, um escrotinho sonso ou um neonazista, ele é apenas um pau mandado. No Rio Grande do Norte, proprietários de veículos de comunicação são majoritariamente políticos e jornalistas. No caso destes, é uma espécie de Síndrome de Estocolmo. Depois de muitos anos sofrendo, acham normal que o mesmo aconteça agora. Mas, no final das contas, é tal a dependência e subserviência que devotam aos políticos que, no final, são tão fantoches quanto nós.

Os sujeitos simpáticos que vira e mexe pagam uma rodada de uísque, arrumam um por fora mais decente num gabinete, numa repartição, na empresa de um amigo, e que aparecem sorridentes e solícitos dia sim e outro também no noticiário, tornando o mundo num lugar melhor para todos. São eles que querem nos ver pelas costas enquanto dirigem seus carrões rumo ao litoral Norte, ou a Tibau.
Os responsáveis pelo pior salário pago a um jornalista no país são: Henrique Eduardo Alves, Agnelo Alves e boa parte da parentada aboletada em cargos públicos. Afinal de contas, é um negócio de família. Aqueles que pretendem restringir as folgas no trabalho a um domingo por mês são José Agripino Maia, seu mancebo, seu tio, seus acólitos, cachorros e papagaios. É Rosalba Ciarlini e seus Carlos Augustos, Betinhos, Lahyres, Sandras e Larissas quem propõe diminuir as multas por desrespeito a direitos e deveres em multas de R$ 20.


Os salvadores da pátria, os pais dos pobres, vêm se perpetuando no poder graças a uma eficiente máquina de comunicação. Seus eleitores, amigos do peito e de todas as horas, têm o direito de saber como essa máquina funciona. Mostremos a eles.

Alex de Souza, 31 anos, jornalista.

*Este texto foi enviado ao #JRNemluto, expressa a opinião do autor e foi assinado com autorização dele.




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segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Um momento de união.

Este texto foi enviado ao blog como comentário pelo colega abaixo assinado. Por conter críticas diretas à diretoria do Sindjorn, e por respeitar o direito de resposta, o blog pediu ao sindicato uma manifestação a respeito do comentário do colega. Abaixo, os dois textos.




De Enéas Peixoto: 

"Será que nós precisamos mesmo que um NEUROCIENTISTA venha alertar o problema? Não vejo a situação dessa forma. As pessoas fora da nossa profissão estão do nosso lado. E os nossos coleguinhas? Estão cagando para ESSE movimento. Este "sindicato" tem que mudar tudo, inclusive as pessoas que dirigem, são as mesmas de sempre, garantindo seus empregos com imunidade sindical, viagens, mordomias e outras “cozitas” mais. A vaidade de alguns queima a categoria. Esse prédio em área nobre. Qualquer construtora faria um puta edifício, e nos entregaria um sindicato descente. O que falta é vontade. Cadê nossa cooperativa que foi colocada na mão de Luciano Almeida e hoje em dia só quem usufrui da mesma é a família dele? Na época, denunciei e fiquei queimado, apenas 4 ou 5 ficaram do meu lado. Perguntem a Cassiano Arruda que foi um dos poucos a me defender. Procurem saber o patrimônio da COOJORNAT pra onde foi. Muitos coleguinhas vão dizer que estou revoltado. Estou apenas aliviado de não ver tanta sujeira. Pra quem ganha R$ 1.000,00 reais essa mensalidade é um absurdo. O custo beneficio é zero, este sindicato em toda sua vida só teve uma greve, mas na época assessoria era coisa rara. Só existiam 2 ou 3 agências de publicidade, e 4 jornais e se não me engano 2 TV’s em Natal. Essas tabelas de preços de página diagramada, entrada e saída, fotografias parecem mais tabelas de prostíbulo. Pra quem não me conhece, sou diagramador, estou parado e não quero voltar pra "prostituição", só queria que os coleguinhas não tabelassem meu trabalho. Nunca segui essa tabela ridícula. E os poucos trabalhos que ainda faço cobro o preço que me dou o direito de dizer que valem, e na maioria das vezes as pessoas querem confundir meu trabalho com prostituição e seguir a tabela do meu sindicato. E trabalho de graça também, quando sinto as condições, a seriedade e ética de qualquer cliente. Mas tem coleguinha que quando vem propor trabalho quer trocar por bebida, lazer ou comida. Essas coisas eu sei comprar com meu dinheiro. Não queria ter meu trabalho tabelado porque acho que existem os desenhistas e designer, o primeiro desenha o segundo usa CLIPART. Como existem os DIAGRAMADORES e diagramadores. Eu modestamente estou entre os desenhistas DIAGRAMADORES. Me perdoem a intromissão na profissão de vocês, se magoei alguém, mas me sinto no direito já que fui um dia diretor deste sindicato, e sempre vi na categoria a possibilidade de união e tudo para crescer, sem precisar de patrões tão pobres e filhos de puta como esses que vocês têm. Conheço todos eles, trabalhei em todos os jornais e revistas, muitos já extintas, sempre a mesma choradeira, há décadas a mesma “cantiga”. Mas um dia alguém vai contar essa história melhor pra vocês, eu sou apenas um DESENHISTA, DIAGRAMADOR. Minhas desculpas a Sidarta Ribeiro neurocientista, o qual nem conheço e agradeço o apoio apesar da discordância. 


UM ABRAÇO

Eneas Peixoto 

@parnamirim1 

Do Sindjorn:


" Caro Enéas,
toda sua indignação é aceitável, mas neste momento o que precisamos é de união. Infelizmente. Primeiramente, esta direção, que neste momento coordena um movimento tão importante para nossa categoria, está bastante renovada. Dos oito diretores apenas dois já fizeram parte de outra gestão e quase todos sequer precisam de imunidade sindical. Nossa vontade de mudar a realidade da profissão no Rio Grande do Norte é muito maior que isso. Nosso interesse é poder trabalhar com o que gostamos, na cidade em que vivemos e sermos valorizados por isso. É nesse sentido que nossa luta é muito maior.

Nossa profissão sofre uma renovação muito rápida. Muitos desistem do trabalho de jornalista e são empurrados para o serviço público para dar dignidade à sua família. E isso se reflete nas nossas assembléias e mobilizações, muitas vezes esvaziadas. Em outros tempos sabemos que a categoria esteve mais mobilizada, mas este ano a Campanha Salarial está crescendo e acreditamos que a categoria presente nas redações, assessorias e serviço público atendeu ao nosso chamado e está presente e firme nas nossas reivindicações.

Quanto às denúncias que você faz referentes à cooperativa, nos resguardamos a abordar o tema em outra oportunidade pois iremos tentar sanar este e outros problemas deixados por gestões anteriores, e reafirmamos que esta diretoria está interessada em apresentar um sindicato cada vez melhor e mais atuante para todos. Sobre parcerias com segmentos empresariais e sindicatos parceiros, cogitamos sim fazê-las para modernizar a sede e até mesmo construir a nossa área de lazer no terreno que possuímos em Pirangi. Entretanto, nossa prioridade neste momento é a valorização profissional.

Ainda destacamos a importância de manifestações como a do neurocientista Sidarta Ribeiro e de várias pessoas e instituições pois, contraditoriamente, as empresas de comunicação não divulgam as nossas reivindicações, assim precisamos construir uma rede de solidariedade e apoio e pressionar os nossos patrões.

Por fim esperamos contar com seu apoio, pois como você já que fez parte da direção do sindicato, sabe da dedicação e responsabilidade que temos ao assumir responsabilidades no Sindjorn.

Um abraço
Diretoria Sindjorn"




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Sintest também apoia o movimento JRNemluto.

*Veja mais notícias sobre o JRNemluto na nossa página de clipping.


Abaixo, matéria divulgada no site do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Ensino Superior do RN (Sintest - RN) em apoio à luta dos #jornalistasdorn e do JRNemluto.


Jornalistas do RN têm o pior salário da categoria no país




Escrito por Livia Cavalcanti
Sex, 05 de Novembro de 2010 13:30
Um gari no estado do RN chega a receber R$1000,00 de salário mensal. Um motorista de ônibus, R$ 1200,00. Um jornalista do Rio Grande do Norte, R$ 900,00. Esse valor faz a categoria do RN ser a "campeã" no menor piso salarial do país. Para ir contra essa realidade, os profissionais da área têm se mobilizado no mundo real e virtual, já que o momento é determinante para mudanças:
período de rodada de negociações com os patrões, em virtude da data-base contar a partir de setembro.
Proposta da Categoria
Em um documento que reúne 45 cláusulas, o Sindjorn, sindicato que representa os jornalistas do estado, destaca 4 pontos principais:
Clausula 1 - Correção e atualização dos salários de R$ 900,00 para R$ 1.500,00; repondo as perdas dos últimos anos;
Cláusula 2
 - Criação de auxílio-alimentação no valor de R$220,00;
Cláusula 10 -
 Anuênio a partir  do primeiro ano de trabalho (hoje o anuênio só é aplicado a partir do terceiro ano consecutivo de carteira assinada);
Cláusula 31 -
 Retorno do Delegado sindical (em outras negociações, os sindicatos patronais derrubaram o direito de que cada redação tenha um delegado representante do sindicato, com imunidade para fazer o elo de comunicação entre categoria e entidade representativa.
Proposta dos patrões
Os representantes dos patrões apresentaram uma contraproposta, totalmente diferente da apresentada pela categoria, ignorando todas as reivindicações. Entre 31 cláusulas, destacam-se as mais absurdas:
ACABAR COM PISO SALARIAL – Negociação de salários diretamente com o trabalhador. Se essa proposta for aprovada,  jornalistas poderão ser contratados com salários diferenciados, inclusive com vencimento abaixo dos atuais R$ 900.
REAJUSTE DE 3,50% – A proposta de reajuste sequer repõe a inflação, que foi calculada para o período em 5,68%.
FIM DO ANUÊNIO - Uma conquista trabalhista, o anuênio é um aumento automático anual. Para os jornalistas do RN, representa 1% (isso mesmo, 1%) ao ano. Eles querem a extinção.
FIM DAS DIÁRIAS - Diárias são gratificações pagas quando é preciso sair da sede para a cobertura de alguma matéria. Ela é calculada com base na distância da localidade onde se foi, e representa um incremento importante para quem ganha R$ 900. Na proposta dos patrões, as diárias seriam transformadas em horas extras (que têm valores menores).
BUROCRACIA NA DEFESA JUDICIAL – As empresas só custeariam advogados para defesa de jornalistas em cado de processos se as matérias forem "autorizadas expressamente e por escrito pela direção".
DURAÇÃO DO ACORDO– Propõe que este acordo debatido tenha validade de dois anos, sendo renegociado apenas em 2012. Ou seja: ficaríamos um ano sem debate de reajuste, acumulando inflação e sofrendo com a derrubada de direitos trabalhistas fundamentais.

Mobilização da categoria
O Sindjorn está liderando várias ações no sentido de pressionar os patrões a discutir uma proposta no patamar da apresentada pelos trabalhadores. Já foram realizadas duas assembleias gerais, sendo a última na noite de quinta-feira (04) reunindo mais de 60 profissionais da sede do sindicato. Além disso, uma Audiência Pública na Assembleia Legislativa aconteceu no dia 03/11, proposta pelo deputado Paulo Davim (PV). Na ocasião todos os deputados se pronunciaram em favor da melhoria salarial e criticaram a proposta de reajuste feita pelas empresas de comunicação do RN em 2010.

Auditório do Sindjorn lotado na noite do dia 04/11 (quinta-feira)
Foto: Ney Douglas

Próximos passos
A mobilização da categoria continua no mundo real com a realização de uma nova audiência pública, desta vez na Câmara dos Vereadores, no dia 08/11 (segunda-feira) às 19h. O vereador George Câmara (PC do B), além de acolher o pedido da categoria no caso da audiência, solidarizou-se à luta e formou uma comissão parlamentar que acompanhará a 3ª rodada de negociação entre sindicatos (dos trabalhadores e patronal), no dia 10/11 (quarta-feira), às 10h na SRTE - antiga DRT.

No mundo virtual a  mobilização acontece aqui:



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O que faço com R$ 900,00.

*Este texto foi enviado ao blog através de comentários, mas com autorização da jornalista, postado como artigo e assinado. 


"É, pessoal! A vida de jornalista em Natal não é fácil mesmo! Quero compartilhar com vocês um pouco da minha experiência. Me formei em dezembro de 2005 pela UnP e, desde 2002, era estagiária do jornal onde ainda hoje trabalho, recebendo uma bolsa de R$ 220 mais gratificações por projetos especiais, o que rendia uma média de R$ 500 por mês (no mesmo período, estagiei numa ONG, cuja bolsa era de R$ 250). Em maio de 2006, já não mais na ONG, fui contratada pelo jornal e, na época, o piso era de R$ 700 e pouco (bruto). Em tese, passei a ganhar menos que na época de estagiária, mas como já era profissional, passei a receber mais pelas gratificações dos cadernos extras. Pude, então, sair da casa dos pais, um anseio antigo. Aluguei um kitnet de 12m² (isso mesmo, um 3x4) e fui seguindo em frente. Passei seis meses lá e decidi fazer um empréstimo para comprar uma sala de escritório de 28m² e, ali, morar após uma cara reforma. O dinheiro era apertado. Três anos se passaram e consegui concluir essa dívida, em parte com ajuda dos meus pais (tudo que não queria). Mas, eis que o jornal passou por uma reestruturação e o projeto em que eu atuava deixou de existir. Sem as gratificações, mesmo que sem periodicidade, ficou difícil manter o padrão de vida regrada. Fui, então, atrás de outro emprego. Consegui! Era editora de um portal de gastronomia, onde editava, pautava, escrevia, fotografava, filmava, editava... tudo por R$ 900 (bruto). Como o jornal onde trabalho mudou de endereço e as distâncias passaram a ser absurdas, precisei financiar um carro. A grana do segundo emprego era, basicamente, para manter o carango: prestação, seguro, impostos, combustível, etc. Três meses depois com uma rotina bastante exaustiva, resolvi pedir demissão (só me vinha à cabeça como eu iria 'criar' o carro financiado em 60 meses). A ideia era também pedir para sair do jornal e passar um ano (quem sabe dois) no exterior como babá. Até que que, inesperadamente, recebi um telefonema: era o jornal - sem nem imaginar que meu "desejo" seria sair de lá em breve - propondo uma promoção: ser editora. Nem pestanejei. Aceitei sem nem saber quanto ganharia. O difícil foi ter que, em poucos dias, me organizar para morar em outra cidade. Desde abril de 2010, resido em Recife, num apê de 30m², recebendo mais, embora gastando mais também (o padrão de vida continua regrado). De toda forma, a experiência está sendo válida, embora eu sonhe em retornar a Natal. Mas, como a nossa categoria bem sabe, as perspectivas não são animadoras. Vou vivendo por aqui e torcendo para que a esta mobilização traga ganhos reais à classe. Estou longe, mas observando tudo. Grande abraço e parabéns pela iniciativa!"


Adriana Amorim, jornalista.




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Adurn apoia movimento JRNemluto.

Veja matéria publicada no site da Associação dos Docentes da Universidade Federal do Rio Grande do Norte sobre o apoio da Adurn ao movimento JRNemluto.

05.11.2010 10h36 - no site da Adurn

ADURN apóia luta do Sindjorn

Após duas rodadas de negociação entre o sindicato dos Jornalistas do Rio Grande do Norte e o empresariado de jornais impressos, rádios e TVs, o Sindjorn estabeleceu um calendário de atividades para reforçar a luta pelo aumento do piso salarial e recebe nesta sexta-feira, 5 de novembro, o apoio de mais um sindicato, a Associação dos Docentes da UFRN.

“A ADURN apóia o movimento considerando que o Estado paga um dos piores pisos do Brasil, de R$ 900, ficando atrás inclusive de estados com menor poder econômico, como é o caso de Alagoas", esclarece o diretor de política sindical da ADURN, Wellington Duarte. Para ele, este é um momento de “se mostrar solidário com uma categoria que, tendo oportunidade, divulga a luta salarial dos outros trabalhadores”. 

Nesta quinta (4), o Sindjorn realizou mais uma assembléia para discutir condições de trabalho e chamar a atenção para a luta pela melhoria das condições salariais dos jornalistas. O objetivo é fortalecer o movimento e a participação da categoria na próxima audiência, convocada pelo vereador George Câmara, que acontece na próxima segunda-feira, 8 de novembro, às 14h, na Câmara Municipal de Natal.

“A primeira audiência realizada na Assembléia Legislativa contou com uma fraca participação da categoria. Queremos que desta vez seja diferente, e possamos reunir dezenas de jornalistas à Casa para debater e cobrar melhores salários e condições de trabalho”, ressalta Jan Varela, diretor de Formação do Sindjorn.

O jornalista Jan Varela alega que esta “não é uma afronta aos empregadores”, trata-se de uma luta por maior valorização dos profissionais. Segundo ele, de janeiro a julho, verificou-se um crescimento de aproximadamente 30% na economia das empresas de comunicação do Nordeste, contudo isto não reflete em melhores condições de trabalho.

Somado a desvalorização salarial, pesa a exigência cada vez maior sobre os jornalistas. “Os jornalistas são cobrados a atuarem como profissionais multimídia, estando aptos para desenvolver toda sorte de serviço para diferentes plataformas”, afirma Jan. O jornalismo é ainda a quarta profissão mais estressante do mundo, segundo reportagem publicada pelo site da VEJA em 7 de maio, com níveis semelhantes aos apresentados, por exemplo, em socorristas.

A despeito do desgaste mental, a remuneração para os graduados é semelhante à paga a agentes de saúde que têm o ensino médio como grau de instrução, e recebem na ordem de R$ 800. Em alguns veículos, já foi tentado tirar mesmo os direitos autorais dos jornalistas sobre o conteúdo produzido para a empresa. Ao assinar o contrato, eles deveriam ceder os direitos sobre fotos e textos ao veículo, para que este pudesse fazer uso posterior do material.

De acordo com Jan, a proposta negociada pelo Sindjorn junto à Delegacia Regional do Trabalho (DRT) é de que o piso salarial passe a R$ 1.500. Ele diz que ainda está sendo reivindicado auxílio alimentação no valor de R$ 220 para a categoria. 

Contudo, na segunda rodada de negociações, os empregadores apresentaram contrapropostas para as reivindicações, e propuseram acabar com piso salarial, podendo as empresas contratar jornalista com valores diferenciados, inclusive abaixo dos atuais R$ 900,00, reajuste de 3,50%, proposta que para o sindicato não repõe nem a inflação do período, fim do anuênio e das diárias, e defendem que o acordo tenha validade de dois anos, sendo renegociado apenas em 2012.

O Sindjorn pede à categoria que compareça, divulgue e procure levar mais pessoas para participar também. O sindicato solicita que todos os profissionais procurem ir de preto ou ostentando uma fitinha de luto no peito, que pode ser adquirida na sede do sindicato, na Rua Felipe Camarão, 385, no bairro de Cidade Alta.


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Audiência pública é notícia.

Veja matéria que saiu no portal Nabocadomundo, sobre a audiência pública de hoje.


Audiência Pública para debater a questão salarial dos jornalistas será realizada nesta segunda-feira

08 de novembro de 2010 • 08:26
por Equipe Na Boca do Mundo
O Vereador George Câmara convida a população para participar de Audiência Pública, com o tema: “A Data Base dos jornalistas”, a ser realizada nesta segunda-feira (08) às 19h, no Plenário Erico Hackradt, da Câmara Municipal de Natal, à rua Jundiaí, 546 – Tirol, em Natal/RN.
Quem comparecer a audiência é recomendado estar vestido de preto como forma de protesto.
Na quarta-feira (10), às 10h na Superintendência Regional do Trabalho, antiga DRT, será a terceira rodada de negociação salarial entre patrões da mídia e sindicato dos jornalistas.


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