O Sindicato dos Jornalistas do Rio Grande do Norte (Sindjorn), seguindo orientação da categoria, que deliberou em seu ultimo Congresso Nacional a luta por um piso salarial compatível com a realidade econômica em que o país, vive apresentou proposta de Acordo Coletivo para os patrões. O Salário de jornalista no Rio Grande do Norte é o menor do país. No Nordeste, o maior salário do é de Alagoas, onde um jornalista ganha R$ 2.114,00; na Paraiba, 1.800,00. É uma vergonha que no Rio Grande do Norte os jornalistas tenha um salário base de R$ 900,00. A proposta de R$ 1.500 busca atualizar nossos salários e equipará-lo à outros vencimentos da mesma categoria ao redor do país e da região.
Segue abaixo resumo das nossas propostas e a resposta dos sindicatos patronais:
Clausula 1 - Correção e atualização dos salários de R$ 900,00 para R$ 1.500,00; repondo as perdas dos últimos anos;
Cláusula 2 - Criação de auxílio-alimentação no valor de R$220,00;
Cláusula 10 - Anuênio a partir do primeiro ano de trabalho (hoje o anuênio só é aplicado a partir do terceiro ano consecutivo de carteira assinada);
Cláusula 31 - Retorno do Delegado sindical (em outras negociações, os sindicatos patronais derrubaram o direito de que cada redação tenha um delegado representante do sindicato, com imunidade para fazer o elo de comunicação entre categoria e entidade representativa.
Durante a segunda rodada de negociação foi apresentada um contraproposta dos patrões composta por 31 clausulas. São elas:
ACABAR COM PISO SALARIAL – Eles querem negociar os salários diretamente com o trabalhador. Se essa proposta for aprovada, eles poderão contratar jornalistas com salários diferenciados, inclusive com vencimento abaixo dos atuais R$ 900.
REAJUSTE DE 3,50% – A proposta de reajuste sequer repõe a inflação, que foi calculada para o período em 5,68%.
FIM DO ANUÊNIO - Uma conquista trabalhista generalizada, o anuêniuo é um aumento automático anual. Para os jornalistas do RN, representa 1% (isso mesmo, 1%) ao ano. Eles querem a extinção.
FIM DAS DIÁRIAS - Diárias são gratificações pagas quando é preciso sair da sede para a cobertura de alguma matéria. Ela é calculada com base na distância da localidade onde se foi, e representa um incremento importante para quem ganha R$ 900. Na proposta dos patrões, as diárias seriam transformadas em horas extras (que têm valores menores).
BUROCRACIA NA DEFESA JUDICIAL – De acordo com a proposta dos sindicatos patronais, as empresas só custeariam advogados para defesa de jornalistas em cado de processos se as matérias forem "autorizadas expressamente e por escrito pela direção".
DURAÇÃO – Propõe que este acordo debatido tenha validade de dois anos, sendo renegociado apenas em 2012. Ou seja: ficaríamos um ano sem debate de reajuste, acumulando inflação e sofrendo com a derrubada de direitos trabalhistas fundamentais.
A nossa campanha salarial envolve, especialmente, a mobilização da sociedade. Nós, jornalistas, fazemos a cobertura e o acompanhamento de reivindicações salariais de todas as categorias da sociedade. E quem faz a da nossa?
O movimento é de luto e de multiplicar a informação.
É HORA DE MOBILIZAR!
OS JORNALISTAS DO RIO GRANDE DO NORTE VÃO À LUTA.
POR DIGNIDADE E RESPEITO!
A grande insatisfação da categoria, quando ao percentual oferecido abaixo do indice inflacionário, que provoca perdas do poder aquisitivo, já que em 2009 o reajuste foi de apenas 2%, é em relação a conquistas históricas, as quais devem ser, no mínimo, mantidas.
ResponderExcluirA categoria também clama, há anos, por um plano de carreira, que nunca chegou a ser discutido...